ENTRE A LITERATURA E A POLÍTICA
diálogo de mestres nas cartas de Monteiro Lobato a Cesídio Ambrogi
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n2.a892Palavras-chave:
Literatura, Política, autobiografia, Taubaté-SP, sociedade localResumo
Neste artigo, objetivou-se analisar as ideias e os posicionamentos de Monteiro Lobato a partir das reflexões que compartilhou com o amigo Cesídio Ambrogi em cartas que endereçou a ele. Tematicamente, as cartas abrangem uma gama variada de assuntos, no entanto o foco centra-se nas discussões e posicionamentos políticos e nas impressões contextuais expressas na literatura produzida por ambos, que constituiu o início da amizade e que se consolidou com um dos pontos de confluência de interesses. Para tanto, considera-se que as cartas, reconhecidas como testemunhos involuntários, possibilitam perceber de modo mais claro os posicionamentos e os pensamentos dos interlocutores. Isso porque são documentos privados que, originalmente, não foram produzidos com a intencionalidade de que se tornassem públicos; portanto, há neles maior liberdade de expressão. O corpus documental deste estudo abrange as cartas enviadas por Monteiro Lobato ao amigo Cesídio Ambrogi, que fazem parte de um acervo particular, e artigos de jornal da Hemeroteca Antonio Mello Júnior, de Taubaté, e da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. O contexto político brasileiro da década de 1940 é tratado nas cartas e mobiliza as atenções dos interlocutores que estão, nesse período, envolvidos com questões políticas nacionais e locais. Além disso, naquela década Lobato volta para a cidade de Taubaté devido a questões pessoais e, como a análise permitiu constatar, reflete sobre questões latentes da sua relação com a cidade.
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