TRANSMISSÃO DE SABER E REFORMA DISCIPLINAR EM ESCOLAS EM PRISÕES MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO SUBJETIVA

Autores

  • Francisco Ramos de Farias Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Departamento de Fundamentos da Educação
  • Lobelia da Faceira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Escola de Serviço Social

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n1.a305

Palavras-chave:

Memória social – educação – prisão – transmissão de saber

Resumo

O artigo analisa a transmissão do saber no âmbito das escolas prisionais, destacando a memória social das prisões, como espaço de punição e educação, e o ato de transmissão do saber como possibilidade de coerção ou criação de subjetividade. Refletir sobre a educação em espaços prisionais é tentar desvendar as transformações possíveis desenhadas em um lugar, a priori, marcado pelo controle e pela estaticidade; compreendendo o cotidiano como um campo de forças em luta, onde é possível desenvolver alternativas de vida em termos de criação, e não simplesmente a reprodução de práticas naturalizadas. O artigo analisa a transmissão de saber no âmbito da escola em prisão, como um tipo de experiência atravessada pela singularidade, edificada em rastros de memória.

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Biografia do Autor

Francisco Ramos de Farias, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Departamento de Fundamentos da Educação

acharel e Psicólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978), Especialista em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Psicologia, área Motivação e Aprendizagem pela Fundação Getúlio Vargas - RJ (1983) e Doutor em Psicologia, área Psicologia Cognitiva, pela Fundação Getúlio Vargas - RJ (1987). Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2. Atualmente é consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), professor associado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Ex-editor responsável do periódico Actas Freudianas da Sociedade de Estudos Psicanalíticos de Juiz de Fora, Ex-diretor de cultura, pesquisa e publicações da Sociedade de Estudos Psicanalíticos de Juiz de Fora. Consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Assessor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Publicou pela Editora Revinter: Histeria e Psicanálise, A pesquisa nas ciências do sujeito e Psicose: ensaios clínicos; pela Editora 7Letras: Por que, afinal, mata

Lobelia da Faceira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Escola de Serviço Social

Graduação em SERVIÇO SOCIAL pela Universidade Castelo Branco (1995), mestrado em SERVIÇO SOCIAL pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2001) e DOUTORADO em EDUCAÇÃO pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é professora adjunta da Escola de Serviço Social e do Programa de Pós Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Tem experiência na área de Educação e sócio-jurídica, com ênfase em Planejamento e Avaliação, tendo como linha de pesquisa "Direitos Humanos, Segurança Pública e Política Penitenciária

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Publicado

2016-07-01

Como Citar

Farias, F. R. de, & Faceira, L. da. (2016). TRANSMISSÃO DE SABER E REFORMA DISCIPLINAR EM ESCOLAS EM PRISÕES MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO SUBJETIVA. Revista Ciências Humanas, 9(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n1.a305

Edição

Seção

Artigo Original