A EDUCAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE ELABORAÇÃO: ENTRE MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n2.a321Palavras-chave:
Memória, Educação, Segregação.Resumo
O presente artigo objetiva abordar a educação como mecanismo de reconhecimento de determinadas categorias sociais que são historicamente excluídas. Por intermédio da reflexão de cunho sócio-histórico, procura-se demonstrar que a exclusão repetitiva de determinadas categorias sociais não é uma experiência, mas sim fruto de uma memória transmitida de geração em geração. Desta forma perpetua-se a marginalização social de pessoas em função de seus traços diferenciados, no que concerne a uma classe considerada normal. No contexto de instituições que segregam, encontra-se historicamente a escola, que como um aparelho ideológico por excelência, não tem se voltado para elaborar as memórias que reforçam a exclusão. Com isso legados institucionais são assimilados e funcionam para a manutenção da exclusão a medida que fomentam estereótipos e estigmas. Apesar de encontrar-se em uma posição de indiferença em relação aos segregados, a escola pode surgir como um atenuante da exclusão e da segregação, onde, por intermédio da ação da pedagogia democrática, hoje concebida como pedagogia crítica, poderá construir um ambiente de convivência mais harmonioso entre categorias sociais que ainda nos dias atuais, são segregadas.
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