Apontamentos críticos referentes à cartografia sobre a compreensão em ser professor de verdade a partir de Jacques Rancière
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n1.a555Palavras-chave:
Professor. Educação. Emancipação. Verdade.Resumo
Este ensaio tem como objetivo redefinir o conceito de ser professor de verdade numa perspectiva crítica em relação à hegemonia do ensino instrumental. A nossa metodologia se encontra no campo da Filosofia da Educação, a partir do conceito de Jacques Rancière de “mestre ignorante”. Para tanto, busca-se analisar o processo formativo como resultado dos caminhos percorridos nas práticas sociais educativas que determinam uma concepção de mundo em que os sujeitos, em grande parte, perdem a sensibilidade perante a vida em coletividade, desconstruindo a noção de cidadania. Portanto, o método utilizado tem como proposição investigativa o campo da teoria crítica na análise do conceito de educação como processo que se estabelece numa relação de igualdade entre os sujeitos. A principal conclusão do ensaio é que a passagem para posição de professor não deveria ocorrer na polaridade entre aqueles que sabem e os outros que não sabem. Compreendemos a passagem para a posição do professor como algo que se constrói no interior da atividade educativa e se constitui numa resignificação dos espaços da transmissão da cultura escolar, no sentido de proporcionar a experiência vivida numa relação entre iguais, para se buscar alguns pontos de fuga do modelo de sociedade alienante.
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