Apontamentos críticos referentes à cartografia sobre a compreensão em ser professor de verdade a partir de Jacques Rancière

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n1.a555

Palavras-chave:

Professor. Educação. Emancipação. Verdade.

Resumo

Este ensaio tem como objetivo redefinir o conceito de ser professor de verdade numa perspectiva crítica em relação à hegemonia do ensino instrumental. A nossa metodologia se encontra no campo da Filosofia da Educação, a partir do conceito de Jacques Rancière de “mestre ignorante”. Para tanto, busca-se analisar o processo formativo como resultado dos caminhos percorridos nas práticas sociais educativas que determinam uma concepção de mundo em que os sujeitos, em grande parte, perdem a sensibilidade perante a vida em coletividade, desconstruindo a noção de cidadania. Portanto, o método utilizado tem como proposição investigativa o campo da teoria crítica na análise do conceito de educação como processo que se estabelece numa relação de igualdade entre os sujeitos. A principal conclusão do ensaio é que a passagem para posição de professor não deveria ocorrer na polaridade entre aqueles que sabem e os outros que não sabem. Compreendemos a passagem para a posição do professor como algo que se constrói no interior da atividade educativa e se constitui numa resignificação dos espaços da transmissão da cultura escolar, no sentido de proporcionar a experiência vivida numa relação entre iguais, para se buscar alguns pontos de fuga do modelo de sociedade alienante.

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Biografia do Autor

Rogério Rodrigues, Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI

Graduação em Educação Física; Mestre em Educação (UNICAMP); Doutor em Educação (UNICAMP). Pós Doutor em Filosofia da Educação (USP). Pesquisador do programa de mestrado em Desenvolvimento, Tecnologia e Sociedade e docente da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

Rodrigues, R. (2020). Apontamentos críticos referentes à cartografia sobre a compreensão em ser professor de verdade a partir de Jacques Rancière. Revista Ciências Humanas, 13(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n1.a555