"SE ESTÁ FÁCIL... ESTÁ ERRADO"

representações sociais da Matemática em memes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2021.v14.n1.a704

Palabras clave:

Representações Sociais. Matemática. Memes.

Resumen

Analisamos representações sociais acerca da Matemática, em uma leitura semiótica, presente em memes que circulam na internet e/ou redes sociais. Na interpretação constituída, partimos do pressuposto de que a forma de representação "de" e "sobre" Matemática contribui, mesmo que ingenuamente, para o fortalecimento de estereótipos e estigmas de como as pessoas se relacionam com este campo de conhecimento. Em termos de referenciais teóricos, buscamos correlacionar a teoria das representações sociais com o ideário que naturaliza as dificuldades como sendo algo comum e, portanto, passível à todos. A metodologia, de abordagem qualitativa, em uma análise semiótica dos signos, sentido e significados implícitos nas imagens dos memes se coloca como fundamento para descortinar as formas de pensamento e ideário social da relação das pessoas com a Matemática. Com base na experiência analítica aqui compartilhada, enfatizamos que apesar do modo irônico que nos convida a rir, os memes acabam por contribuir para uma visão cristalizada de que a Matemática é para poucos. Em síntese, a linguagem deste gênero releva representações que a sociedade tem do que seja aprender (ou não), bem como ainda que saber Matemática envolve, no modelo escolar capitalista-excludente, uma relação de poder.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Klinger Teodoro Ciríaco, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar - Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas - DTPP - CECH

Professor Adjunto do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, São Carlos-SP; Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática do Instituto de Matemática – INMA/UFMS, Campo Grande-MS. Líder do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar). 

Fernando Schlindwein Santino, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", UNESP, Presidente Prudente-SP.

Mestrando em Educação pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – FCT/UNESP, Presidente Prudente/SP; Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Câmpus Naviraí. Integrante do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar).

Danielle Abreu Silva, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP.

Mestranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, São Carlos/SP, na linha de pesquisa "Educação em Ciências e Matemática"; Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Câmpus Naviraí. Integrante do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar).

Citas

ARRUDA, Ângela. Teoria das representações sociais e teorias de gênero. Cadernos de pesquisa, n. 117, p. 127-147, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cp/n117/15555. Acesso em: 10, set. 2020.

BECKER, Fernando. Construção do Conhecimento Matemático: natureza, transmissão e gênese. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 33, n. 65, p. 963-987, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/bolema/v33n65/1980-4415-bolema-33-65-0963.pdf. Acesso em: 5, maio 2020.

BITTAR, Marilena; FREITAS, José Luiz Magalhães de. Fundamentos e metodologia de Matemática para os ciclos iniciais do Ensino Fundamental. 2ª. ed. Campo Grande: UFMS. 2005.

CAZORLA, Irene Maurício; SANTANA, Eurivalda Ribeiro dos Santos. Concepções, atitudes e crenças em relação à Matemática na formação do professor da Educação Básica. Publicação da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em: http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_28/concepcoes.pdf. Acesso em: 10, jun. 2020.

CRUSOÉ, Nilma Margarida de Castro. A teoria das representações sociais em Moscovici e sua importância para a pesquisa em educação. APRENDER - Cad. de Filosofia e Pisc. da Educação. Vitória da Conquista. Ano II. n. 2. p. 105-114. 2004. Disponível em: http://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/3065/2559. Acesso em: 15, jul. 2020.

COSTA, Shirley Conceição Silva da. O professor que ensina Matemática nos anos iniciais: limites e possibilidades de um curso de formação inicial. In: Anais... XI Encontro Nacional de Educação Matemática. Educação Matemática: retrospectiva e perspectivas. Sociedade Brasileira de Educação Matemática/Regional Paraná. Guarapuava, PR, p. 1-14, 2013. Disponível em: http://sbem.iuri0094.hospedagemdesites.ws/anais/XIENEM/pdf/3601_2027_ID.pdf. Acesso em: 13, maio. 2018.

DIAS Filipe; TELES, Natalia; KARIME Pethalla; GROHMANN Rafael. Memes. Uma Meta-análise: proposta a um estudo sobre as reflexões acadêmicas do tema. In: Anais... XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Rio de Janeiro - RJ – 4a 7/9/2015. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-2479-1.pdf. Acesso em: 23, jul. 2020.

GRAVEMEIJER, Koeno. What makes mathematics so difficult, and what can we do about it? In L. Santos, A. P. Canavarro, & J. Brocardo (Eds.), Educação matemática: Caminhos e encruzilhadas (pp. 83- 101). Lisboa: APM, 2005. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/fdm/textos/gravemeijer%2006a.pdf. Acesso em: 18, jun. 2020.

HORTA, Natália Botelho. O meme como linguagem da internet: uma perspectiva semiótica. 2015. 191f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília – UnB, 2015. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/18420/1/2015_NataliaBotelhoHorta.pdf. Acesso em: 2, out. 2020.

HOUAISS, Antonio. et al. Grande dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetivo, 2008.

JODELET, Denise. La representación social: Fenómenos, concepto y teoría. In: MOSCOVICI, Serge. (org.). Psicologia Social. Barcelona: Paídos. 1985. p.469-494.

MOSCOVICI, Serge. Social Representations: Explorations in Social Psychology. Oxford: Polity Press. 2000.

PIGNATARI, Décio. Semiótica & Literatura. 6ª ed – Cotia, SP: Atelie Editora. 2004.

REBOLO, Flavinês; BUENO, Belmira Oliveira. O bem-estar docente: limites e possibilidades para a felicidade do professor no trabalho. Acta Scientiarum. Education, v. 36, n. 2, p. 323-331, 2014. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4864669 . Acesso em: 25, jul. 2020.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Raquel_Recuero2/publication/259328435_Redes_Sociais_na_Internet/links/0c96052b036ed28f4d000000/Redes-Sociais-na-Internet.pdf. Acesso em: 3, out. 2020.

SANTAELLA, Lucia. Introdução à semiótica: passo a passo para compreender os signos e a significação. São Paulo: Paulus, 2017.

SANTOS, Rosimeire Martins dos; GUSMÃO, Tânia Cristina Rocha Silva. Representações Sociais da Matemática: contribuições da formação em pedagogia. Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM). Educação Matemática na Contemporaneidade: desafios e possibilidades. São Paulo – SP, 13 a 16 de julho de 2016. Disponível em: http://www.sbem.com.br/enem2016/anais/pdf/6065_3379_ID.pdf. Acesso em: 10, maio. 2020.

SPINK, Mary Jane P. O Conceito de Representação Social na Abordagem Psicossocial. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 9 (3): 300-308, jul/set, 1993. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v9n3/17.pdf. Acesso em: 29, set. 2020.

Publicado

2021-07-21

Cómo citar

Teodoro Ciríaco, K., Schlindwein Santino, F. ., & Abreu Silva, D. (2021). "SE ESTÁ FÁCIL. ESTÁ ERRADO": representações sociais da Matemática em memes . Revista De Ciencias Humanas, 14(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2021.v14.n1.a704

Número

Sección

Artículo original