O O RACISMO INSTITUCIONAL COMO VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

UMA ANÁLISE ACERCA DAS NOTÍCIAS E REPORTAGENS NO JORNAL EXTRA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2021.v14.n1.a688

Palabras clave:

Racismo Institucional; Direitos Humanos; Jornal Extra.

Resumen

O racismo institucional subalterniza e estigmatiza a população negra brasileira (negros e pardos). Ele é uma das modalidades que confirmam o Brasil como um dos países que mais violam os direitos humanos no mundo, segundo a Anistia Internacional em 2018.  Nesse contexto, a pesquisa procura saber como ele se manifesta através de textos jornalísticos e televisivos, e se institui de maneira totalitária advindo das associações e órgãos institucionais. Por meio do método de "Análise de Conteúdo", aliado à teoria de Hall (2016), este estudo realizou uma análise de uma publicação do ano de 2019 pelo Jornal Extra buscando entender como ocorre a representação dos negros em matérias que circulam neste jornal popular. Os principais resultados ratificaram que esse veículo jornalístico se apropria de linguagens e imagens discursivas que banalizam o racismo institucional, legitimando uma estrutura racista, através de omissões e exercícios que levam em conta o fator racial dos negros do país.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Adriana Severo Rodrigues, UEMG

Professora no Curso de Serviço Social da Universidade do Estado de Minas Gerais-UEMG, unidade Divinópolis

Maria Paula Lopes Araújo, UEMG

Pesquisadora e Militante do KIANGA, graduanda em Jornalismo pela UEMG, unidade Divinópolis.

Citas

A vida de luxo de Rennan da Penha: viagens, grifes e mimos para a namorada. Extra Online, 2019. Disponível em: <https://extra.globo.com/famosos/a-vida-de-luxo-de-rennan-da-penha-viagens-grifes-mimos-para-namorada-23566845.html>. Acesso em: 29 jul. 2020.

ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana; RAMUSKI, Carmen Lídia. Relações raciais na mídia: um estudo no contexto brasileiro. Belo Horizonte.: Revista Psicologia Política, v. 10, n. 19. 2010. 57–73p.

AMARAL, Márcia. Imprensa popular: sinônimo de jornalismo popular? Brasília: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação

XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2006. 15p.

ANDI. Imprensa e Racismo, uma análise das tendências da cobertura jornalística. Comunicação e Direitos com apoio da Fundação Ford e da Fundação W. K. Kellogg. 2012. https://www.andi.org.br/publicacao/imprensa-e-racismo. Acessado 22 de julho de 2020. 102p.

BERTHIER, Camila; SILVA, Paola. Jornalismo popular: não necessariamente sensacionalista. v.5, n.2, Pub.1. Araguaína. Revista Científica do ITPAC, 2012. 12p.

BIZERRA, Cecília. Racismo na mídia: entre a negação e o reconhecimento | Observatório do Direito à Comunicação. 2014. p1. Disponível em: <http://www.intervozes.org.br/direitoacomunicacao/?p=28778>. Acesso em: 22 jul. 2020.

BOBBIO, Norberto. 1909A era dos direitos / Norberto Bobbio; tradução Carlos Nelson Coutinho; apresentação de Celso Lafer. — Nova ed. — Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. — 7ª reimpressão.

BOMBASSARO. Luiz, Carlos. O que nos faz humanos. In- Os hereges: temas em direitos humanos, ética e diversidade/ Adriana. Severo. Rodrigues; Giancarla.Brunetto; Marcio. Eduardo. Brotto.organizadores-1. ed.-Porto Alegre: Armazém Digital,2010.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1999. 160p.

Casal é preso suspeito de vender nova droga sintética no Paraná, “Special K”. Extra Online. Disponível em: <https://extra.globo.com/casos-de-policia/casal-preso-suspeito-de-vender-nova-droga-sintetica-no-parana-special-k-23787154.html>. Acesso em: 29 jul. 2020.

CARIAS, Antonio Richard; SILVA, Romulo Lopes. Violência do Estado e Racismo

Institucional: A psicologia na produção cientifica nacional, 2010. 24p. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/marcusvinicius/artigos/VIOLENCIA%20DE%20ESTADO%20E%20RACISMO%20INSTITUCIONAL%20A%20PSICOLOGIA%20NA%20PRODUCAO%20CIENTIFICA%20NACIONAL.pdf. Acessado 22 de julho de 2020.

CARMICHAEL, Stokely; HAMILTON, Charles. Black power, the politics of liberation in America.New York: Vintage. 1967. 258p.

FBSP. 13o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Dados e Fontes. Brasil. 2019. 206p. Disponivel em: <https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/dados-e-fontes/pesquisa/13o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica-fbsp-2019/>. Acessado 22 de julho de 2020.

FONSECA JÚNIOR, W.C. Análise de Conteúdo. In: DUARTE, J.; BARROS, A. (Orgs). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2.ed. São Paulo: Atlas,2009. p.280-303.

HALL, Stuart. Cultura e Representação. Tradução: OLIVEIRA, William, MIRANDA, Daniel. Editorial: PUC-Rio. 2016. 264p.

HARRIOT, Michael. Mortes negras são a nova pornografia — nós nos tornamos insensíveis. Medium. Traduzido por MOURA, Gabriela. 2017. Disponível em: <https://medium.com/@metaforica_gabi/mortes-negras-s%C3%A3o-a-nova-pornografia-n%C3%B3s-nos-tornamos-insens%C3%ADveis-3ccdabb58cbe>. Acesso em: 6 ago. 2020.

HASENBALG, Carlos. Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil. Rio de Janeiro. Editora da UFMG. 1979. 315p

JONES, Camara. P. Confronting institutionalized racism. Phylon, Atlanta v. 50, n. 1. 2002. 22p.

LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Tradução Júlio Fischer. São Paulo: Martins, Fontes 2001.

LÓPEZ, Laura. The concept of institutional racism: applications within the healthcare field. Interface - Comunicação., Saúde, Educ., v.16, n.40. 2012. 121p.

MOURA, Gabriela. Mortes negras são a nova pornografia — nós nos tornamos insensíveis. Medium,2017. Disponível em: <https://medium.com/@metaforica_gabi/mortes-negras-s%C3%A3o-a-nova-pornografia-n%C3%B3s-nos-tornamos-insens%C3%ADveis-3ccdabb58cbe>. Acesso em: 22 jul. 2020.

NASCIMENTO, Christian Lindbergh Lopes do. O DIREITO EM JOHN LOCKE. PUC, [s. l.], 18 ago. 2017. Sapere Aude, 8(16), 429-442. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2017v8n16p429

OLIVEIRA, Joedson; OLIVEIRA, Romenia; ARRAIS, Joubert. Imagens online que condenam, matam e discriminam. Unecult, Salvador, 2019. 13p.

NAVES, Márcio Bilharinho et al. Direito, Sociedade e Economia: Leituras Marxistas. [S.I]: Manole,2005.

PAUL, Dairan. 2019. 1p. Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/monitor-da-imprensa/jornalismo-passivo-racismo-naturalizado/>. Acesso em: 22 jul. 2020.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Renovar a Teoria Crítica. E reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo, 2007.

SILVA, Luiz Etevaldo. O sentido e o significado sociológico de emancipação. Revista e-Curriculum, São Paulo, n.11, v.03, p. 751-765, set./dez. 2013. Disponível em: Acesso em 22/02/2020.

SILVA, Natasha. Racismo na mídia e a representatividade (ou não) de MV BILL. Rio de Janeiro: Monografia em Jornalismo. UFRJ/ECO. 2013. 53p.

WERNECK, Jurema. Racismo Institucional, uma abordagem conceitual. Geledés, Instituto da Mulher Negra e Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria. 2013. 55p.

Publicado

2021-04-26

Cómo citar

Severo Rodrigues, A., & Araújo, M. (2021). O O RACISMO INSTITUCIONAL COMO VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE ACERCA DAS NOTÍCIAS E REPORTAGENS NO JORNAL EXTRA. Revista De Ciencias Humanas, 14(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2021.v14.n1.a688

Número

Sección

Artículo original