ENTRE AS ANGÚSTIAS E O DESEJO DE ENSINAR E APRENDER UMA LÍNGUA: DESAFIOS DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM FORMAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n2.a316Palabras clave:
Desejo, angústia, Língua estrangeiraResumen
ENTRE AS ANGÚSTIAS E O DESEJO DE ENSINAR E APRENDER UMA LÍNGUA: DESAFIOS DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM FORMAÇÃO
Resumo
Este artigo é parte de nossa dissertação de mestrado, em que trabalhamos com entrevistas de professores de Língua Estrangeira (LE), especificamente de língua inglesa, em formação. Tomamos como referência a psicanálise lacaniana que, em consonância com os pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de linha francesa (ADF) apresentada por Pêcheux e algumas contribuições de Foucault, orientaram nossa análise. Levantamos os efeitos de sentido acerca das tensões que emergem nos discursos dos alunos-professores ou professores-alunos (como chamamos nossos sujeitos de pesquisa) com relação ao ensino de Língua Inglesa. Nossos sujeitos de pesquisa consistem em alunos de Letras que trabalham, ao mesmo tempo, como professores de língua inglesa, na rede pública do estado de São Paulo. Partindo do pressuposto de que o professor deveria saber a matéria ou conteúdo que ensina, neste caso, a língua inglesa, e que este saber o constitui como sujeito, toma-se como hipótese que tal saber ou não saber afeta sua subjetividade causando-lhe angústia. Os resultados apontam para a emergência de dois tipos de angústia: a do senso comum, que paralisa e a lacaniana que mobiliza o sujeito.
Métricas
Citas
CAVALLARI, Juliana Santana. O lugar da língua materna na constituição identitária do sujeito bilíngue. In: CAVALLARI, Juliana Santana; UYENO, Elzira Yoko (orgs.) Bilinguismos: Subjetividade e Identificações nas/pelas Línguas Maternas e Estrangeiras. Campinas, SP: Pontes Editores, 2011a.
CAVALLARI, Juliana Santana. A angústia constitutiva da identidade de professores em formação. In: CORACINI, M. J. R. F; GHIRALDELO, C. M. (orgs.) Nas malhas do discurso: memória, imaginário e subjetividade. Formação de professores (línguas materna e estrangeiras) leitura e escrita. Campinas, SP: Pontes Editores, 2011b.
CORACINI, Maria J. R. F. Sujeito, identidade e arquivo – entre a impossibilidade e a necessidade de dizer(-se). In: A celebração do Outro – arquivo, memória e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 2007.
CORACINI, Maria J. R. F. Identidades Múltiplas e Sociedades do espetáculo: Impacto das Novas Tecnologias de Comunicação. In: MAGALHÃES, I. ; GRIGOLETTO, M. e CORACINI, M.J (orgs.) Práticas Identitárias - Língua e Discurso. São Carlos: Claraluz, 2006.
CORACINI, Maria J. R. F. Pós-Modernidade e novas tecnologias no discurso do professor de línguas. In: A celebração do Outro – arquivo, memória e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 2007.
CORACINI, Maria José Faria. Nossa língua: materna ou madrasta? – linguagem, discurso e identidade. In: A celebração do outro: arquivo, memória, identidade. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2007 p.135 -162
CORACINI, Maria José Faria. O discurso da linguística aplicada e a questão da identidade: entre a modernidade e a pós-modernidade. In: BERTOLDO, E. ; CORACINI, M. J. F. O desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula. Campinas: Mercado das Letras, 2003 p. 97 - 115
ECKERT-HOFF, Beatriz M. Escrituras de si e identidade: o sujeito-professor em formação. Campinas: Mercado de letras, 2008
FERREIRA, Tânia. Algo que se produz como um clarão. In: Revista Educação: Lacan pensa Educação. São Paulo: Segmento, 2008 p. 40 - 49
FERREIRA, Maria Cristina Leandro. O quadro atual da Análise de Discurso no Brasil. In: INDURSKY F. e FERREIRA, M. C. L. Michel Pecheux e a AD: uma relação de nunca acabar. São Carlos: Claraluz, 2005
FINK, Bruce. O sujeito lacaniano: entre a linguagem e o gozo.Trad. Maria de Lourdes Duarte Sette. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Trad. Laura Fraga de A. Sampaio. São Paulo: Loyola. 1996
FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense universitária, 2004
FOUCAULT, Michel. Do governo dos Vivos – Curso no Cóllege de France, 1979-1980 (excertos). Tradução, transcrição, notas e apresentação de Nildo Avelino, Rio de Janeiro Achiamé, 2010.
GREGOLIN, Maria do Rosário. Foucault e Pêcheux na Análise do Discurso: diálogos e duelos. São Carlos: ClaraLuz, 2007
GRIGOLETO, Marisa. A resistência das palavras: discurso e colonização britânica na Índia. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2002.
LACAN, Jacques. O Seminário, livro 10: a angústia. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
LUSTOZA, Rosane Zétola. A angústia como sinal do desejo do Outro. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2006, vol.6, n.1, pp. 44-66. ISSN 1518-6148.
MRECH, Leny Magalhães. Saber e gozo. In: --------. Psicanálise e educação: novos operadores de leitura. São Paulo: Pioneira, 1999. p. 87-103
ORLANDI, Eni. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas, SP: Ed. Pontes, 2010
PÊCHEUX, M. O discurso – estrutura ou acontecimento. Trad. Eni Orlandi. Campinas: Pontes Editores, 2008
SILVA, Tomaz Tadeu da. O adeus às Metanarrativas Educacionais. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. O sujeito da educação. Petrópolis. Ed. Vozes. 2008. 6ª Ed.(pp. 247-258)
UYENO, Elzira Yoko. O mal-estar da escrita: para além do letramento acadêmico, um desejo do outro. In VII Congresso Latino-americano de Estudios del discurso. ALED, 2007
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.