REFLEXÕES SOBRE O BRASIL COLÔNIA
AS ESCOLAS DE SAMBA E ALGUMAS HISTÓRIAS QUE A HISTÓRIA NÃO CONTOU
Palavras-chave:
Escolas de Samba, Interculturalidade, Cultura e Desenvolvimento, Colonização, AtivismosResumo
Tratamos do tema cultura e desenvolvimento com a pretensão de trazer os questionamentos sobre a história colonial brasileira, a partir de manifestações culturais de carnaval, desencadeadas por determinadas escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro. Justifica-se pela tensão de nossos tempos, a qual promove refluxos de um passado colonial nefasto, mal resolvido, explicitado nos enredos da G.R.E.S Paraíso do Tuiuti, “Meu Deus, meu Deus, está extinta a Escravidão?” (2018), e da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, “Histórias Para Ninar Gente Grande” (2019). Objetivamos fortalecer o debate sobre a revisão da história colonial e das memórias oficiais, por meio das formas de comunicação social. Os sambas de enredo e as imagens dos desfiles das agremiações são os elementos dessa reflexão. Desse lugar, as escolas de samba Tuiuti e Mangueira impulsionaram uma nova agenda nas dinâmicas e lutas das escolas na formatação de estratégias de sobrevivência, cuja manutenção é relevante ao exercício de voltar às origens, o qual refuta as verdades históricas oficializadas através do olhar atento às práticas culturais centradas na valorização da ancestralidade dos povos africanos e indígenas.
Metrics
Referências
Acosta, A. (2016). O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo. Editora Elefante.
Augras, M. (2006). O Brasil do samba-enredo. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas.
Cesaire, A. (2006). Discurso sobre el colonialismo. Madri. Ediciones Akal.
Ferreira, F. (2005). Inventando carnavais: o surgimento do carnaval carioca no século XIX e outras questões carnavalescas. Rio de Janeiro. Editora UFRJ.
GloboPlay (2019). Íntegra do desfile Mangueira 2019. https://globoplay.globo.com/v/7386629/. Recuperado em 20.12.2021.
GloboPlay (2018). Íntegra do desfile Tuiuti 2018. https://globoplay.globo.com/v/6495113/. Recuperado em: 22.12.2021.
LIESA (2018). Livro Abre alas Domingo - Carnaval 2018. Rio de Janeiro. https://liesa.globo.com/material/carnaval18/abrealas/Abre-Alas%20-%20Domingo%20-%20Carnaval%202018%20-%20Atual.pdf. Recuperado em 20.12.2021.
LIESA (2019). Livro Abre alas Segunda - Carnaval 2019. Rio de janeiro. http://liesa.globo.com/material/materia2019/publicacoesliesa/_ABREALAS/Abre-Alas%20-%20Segunda-feira%20-%20Carnaval%202019.pdf. Recuperado em 20.12.2021.
Maldonado-Torres, N. (2008). La descolonización y el giro des-colonial. Tabula rasa, n. 9, p. 61-72. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/396/39600905.pdf.
Mignolo, W. (2008). Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF. Dossiê: Literatura, língua e identidade, v. 34, p. 287-324. Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33191.
Neto Ribas, Fabato, F., & Melo, J. G. (2020). Momentos Marcantes do Carnaval - (4h33min). Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=vu5ggx3QWoU&t=8981s. Recuperado em 22.01.2021.
Pimenta, C. A. M.; Silva, G. C. (2019). Reflexão sobre as torcidas organizadas no samba e a espetacularização do carnaval carioca. Sociedade e Cultura, v. 22, n. 1, pp. 318-337. Recuperado de https://doi.org/10.5216/sec.v22i1.43568.
Rivera, C. A. M. (2016). Introducción: Apuntes sobre descolonización epistémica en el pensamiento comunicológico regional. Chasqui. Revista Latinoamericana de Comunicación, n. 131, p. 39-46. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5792022.pdf.
Saboia, G. (2020). Crivella é o 1º prefeito do Rio a manter distância do Carnaval. UOL. Recuperado de https://www.uol.com.br/carnaval/2020/noticias/redacao/2020/02/21/crivella-e-1-perfeito-a-manter-distancia-do-carnaval-do-rio. Recuperado em 24.01.2021.
Silva, G. C. (2017). Quando o tempo ruge e a Sapucaí é longe: desenvolvimento e cultura em enredo no samba carioca (186 pp.). Dissertação de mestrado em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade. Universidade Federal de Itajubá. Itajubá. Recuperado de https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/944
Simas, L. A., & Fabato, F. (2015). Pra tudo começar na quinta-feira: o enredo dos enredos. Rio de Janeiro. Mórula.
Simas, L. A., & Rufino, L. (2018). Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro. Mórula.
Simas, L. A., Rufino, L., & Haddock-Lobo, R. (2020). Arruaças: uma filosofia popular brasileira. Rio de Janeiro. Bazar do Tempo.
Vasconcelos, J. (2021). Memória do Carnaval. Blog Ouro de Tolo. (7h46min). Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=LAheCxgLzRc. Recuperado em 22.02.2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Ciências Humanas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.