REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE ALIMENTOS ORGÂNICOS PARA JOVENS DO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.32813/rchv10n22017artigo10Palavras-chave:
desenvolvimento humano, representações sociais, alimentos orgânicos, educação do campoResumo
Identificar as representações sociais de licenciandos em educação do campo residentes da zona rural sobre alimento orgânico. Pesquisa desenvolvida com moradores do campo de um curso de licenciatura em Educação do Campo. Estudo transversal, realizado por meio de pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. Tal proposta foi realizada à luz da teoria das representações sociais. A coleta foi realizada por meio de dados cartográficos e da elaboração de um texto pelos participantes, a fim de identificar as representações sociais sobre esta temática. A partir dos textos produzidos foram analisadas as representações sociais sobre alimentos orgânicos, assim como os sistemas simbólicos envolvidos. Foi aplicado, também, questionário para caracterização sociodemográfica, a prática de cultivo e consumo de alimentos orgânicos. Participaram do estudo 20 estudantes moradores do campo cuja idade média era de 27 anos (10,28), sendo 55% (11) do sexo masculino e 65% (13) eram solteiros. Em relação às atividades agrícolas, 80% (16) afirmaram que em sua residência existia cultivo de hortas e 85% (17) declararam que havia pomares. Quanto ao tipo de cultivo, 93,8% (15) das hortas eram orgânicas e 82,4% (14) dos pomares. A principal finalidade do cultivo agrícola era o autoconsumo. O alimento orgânico foi representado como aquele que não contém agrotóxicos, sustentável e saudável. As concepções sobre alimento orgânico estão relacionadas ao tipo de agricultura que esse grupo social pratica e pelas informações que recebem da comunidade, dos meios de comunicação e familiares e não necessariamente ao conceito técnico estabelecido por regulamentos e diretrizes sobre esse tema.
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