THE WALKING DEAD E OS ZUMBIS CONTEMPORÂNEOS

Autores

  • Camila Nogueira Universidade de Taubaté- Unitau
  • André Luis Silva Universidade de Taubaté- UNITAU

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n1.a297

Palavras-chave:

The Walking Dead. Simbologia. Sociedade contemporânea.

Resumo

O presente artigo resulta de um estudo sobre a série The Walking Dead, seu significado simbólico e a relação deste significado com a sociedade ocidental contemporânea. O problema proposto foi o de saber se haveria neste conteúdo simbolizado e apresentado pela série uma inter-relação com aspectos do indivíduo pós-moderno. A metodologia adotada foi a da pesquisa de procedimento básico, com objetivos exploratórios e qualitativa quanto à forma de abordagem do problema. A coleta de dados foi feita através de pesquisa bibliográfica narrativa realizada em obras literárias sobre os assuntos abordados, banco de dados das Plataformas Scielo, Capes e Google acadêmico, bem como em outras fontes virtuais que comportassem informações sobre os descritores. As abordagens teóricas adotadas foram as contribuições da Teoria Cultural e da Psicanálise. Através da coleta foi possível perceber indícios de relações entre o cenário contemporâneo e a simbologia zumbi presentes no seriado. Utilizado como metáfora de questões sociais desde 1968  pelo diretor George Romero no filme Madrugada dos Mortos- Vivos, a figura do zumbi assume papel híbrido e dentre suas inúmeras possibilidades simbólicas atualmente de forma mais acentuada que outrora tipifica aspectos de massificação, consumismo e relações de dominação no cenário do ocidente contemporâneo.

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Biografia do Autor

Camila Nogueira, Universidade de Taubaté- Unitau

Possui graduação em Psicologia pelo Centro Universitário Salesiano São Paulo (2004). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicanálise. Especialização na área Clínica em Psicossomática Psicanalítica e Formação em Psicanálise pelo GTEP do Instituto Sedes Sapientiae- SP. Mestranda na área de Desenvolvimento Humano. Experiência Profissional em Saúde Mental- CAPS, mediante aprovação em concurso público. Atualmente é docente no Curso de Psicologia do Centro Universitário de Itajubá- Fepi, nas disciplinas de Teorias da Personalidade I, Teorias e Técnicas Psicoterápicas Psicanalíticas, Psicopatologia Infanto Juvenil e supervisora do estágio de Psicoterapia Individual Adulto na Abordagem Psicanalítica. Também docente no Centro Universitário Salesiano São Paulo U. E. Lorena nas disciplinas de Psicopatologia I e II, Psicologia Hospitalar e supervisora em Psicodiagnóstico. Atua em consultório particular.

André Luis Silva, Universidade de Taubaté- UNITAU

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1996), mestrado em Ciências da Religião (2003) e doutorado em Ciências Sociais (2011) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É docente efetivo de sociologia, pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas de Práxis Contemporâneas e docente do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais da Universidade de Taubaté. É pesquisador colaborador do Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas da PUC-SP. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, e na área de Sociologia da Cultura. Pesquisa os seguintes temas: conflito simbólico, religiosidade, identidade, diversidade cultural, cultura popular, mediação cultural e políticas culturais .

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Publicado

2016-07-01

Como Citar

Nogueira, C., & Silva, A. L. (2016). THE WALKING DEAD E OS ZUMBIS CONTEMPORÂNEOS. Revista Ciências Humanas, 9(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n1.a297

Edição

Seção

Artigo Original