Expansão da escolarização básica no Estado de São Paulo (1946-1962)
Resumo
No seio dos debates políticos e ideológicos da década de 1950, sobre a definição do modelo desenvolvimentista a ser implantado no país, a estrutura do patriarcado rural, movimentada por uma população simples, ignorante e imersa em taxas de analfabetismo superiores a 50%, representava um obstáculo a qualquer que fosse o projeto a ser implantado. O Estado de São Paulo possuía nessa época 43% de analfabetos em sua população e seu sistema escolar elementar não atendia sequer a um terço das crianças. No contexto da implantação do projeto industrial de base com suporte financeiro internacional, objetivou-se com este trabalho demonstrar a transformação de um sistema escolar elitista, que entendia a escolarização como padronização de linguagem e comportamento de uma minoria privilegiada e a alfabetização como higienização física e moral da população, em um sistema mais aberto, por meio da análise quantitativa da expansão das matrículas escolares, quantidade de professores e unidades escolares de ensino básico no Estado, e da análise comparativa das transformações estruturais administrativa, legal e curricular dessas unidades. Devido à necessidade de racionalizar o crescente contingente populacional que migrava do meio rural para o urbano a rede escolar fundamental foi ampliada e o ensino modificado de um enfoque enciclopédico para um mais utilitário e prático. Com o sacrifício da qualidade e da carga horária o acesso ao ensino foi ampliado, mas de maneira insuficiente a permitir a sua niversalização e a resolver o problema do analfabetismo.
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