A Qualidade Política da Territorialidade nos Serviços de Transportes de Passageiros
Uma proposta de pesquisa com os cotidianos
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n1.a608Palabras clave:
Qualidade política. Pesquisa com os cotidianos. TerritorialidadeResumen
Este ensaio tem como objetivo principal refletir sobre a territorialidade tendo como nuclear o conceito de qualidade política na perspectiva metodológica da pesquisa com os cotidianos. Se constitui num ensaio porque não dispõe da presença em campo necessária para que os personagensconceituais possam ser cocriados na dinâmica dos cinco movimentos propostos por Andrade, Caldas e Alves (2019): o sentimento do mundo; ir sempre além da já sabido; criar novos personagensconceituais; narrar a vida e literaturizar a ciência e ecce femina. A abordagem do conceito de qualidade política pelo viés dos cinco movimentos acima nos ajuda a questionar alguns pressupostos que estão subjacentes ao conceito no contexto da produção da territorialidade num caso específico de serviços de transportes na cidade de Jacobina, Bahia, no Piemonte da Diamantina. Entendemos que a pesquisa com os cotidianos, como abordagem metodológica e princípio epistemológico contribui relevantemente para a ampliação do conceito de qualidade política como ferramenta analítica para compreensão da territorialidade e de outros fenômenos, a partir dos poderes exercidos pelos agentes territoriais nas frestas do controle dominante, nos vãos da vigilância permanente entre os quais as forças se agrupam inesperadamente para exercer territorialidades necessárias. A qualidade política deste ensaio está em seu ponto de chegada, no sentido de, considerando sua contribuição para compreensão de uma realidade, ir além da lógica formal que está em sua tessitura textual que a proposta da pesquisa com os cotidianos em seus movimentos pode oferecer.
Métricas
Citas
BAKHTIN, Mikhail; VOLOCHINOV. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 9. ed. Tradução: Michel Laud; Yara Frateschi Vieira. Colaboração: Lúcia Teixeira Wisnik; Carlos Hebnrique D. Chagas Cruz. São Paulo: Editora Hucitec/Annablume, 2002.
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade. Fragmentos de um dicionário político. Tradução Marco Aurélio Nogueira. Posfácio: Celso Lafer. 22. ed., Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2019.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
COELHO NETO, Agripino S. Territorialidade: uma proposição teórico-conceitual. In Ivonete B. Amorim, Ana Margarete G. da SILVA e Selma D. de CASTRO. (orgs.). Educação, territorialidade e formação docente: contextualizando pesquisas. Curitiba: CRV, 2016.
DEMO, Pedro. Pobreza política: a pobreza mais intensa da pobreza brasileira. Campinas, SP: Armazém do Ipê (Autores Associados), 2006.
SANTOS, Boaventura de S. A crítica da razão indolente: Contra o desperdício da experiência. Para um novo senso comum. A ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Revista Ciências Humanas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.