ENVOLVIMENTO RELIGIOSO E O ENFRENTAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
um estudo em um hospital público de Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a874Palavras-chave:
Religião, câncer de mama, religiosidade, espiritualidade, enfrentamento religioso espiritualResumo
O câncer de mama é uma doença que afeta milhões de mulheres de todas as regiões do planeta. Uma vez que sua incidência é bastante alta, é possível identificar inúmeras formas de enfrentamento da doença. O objetivo deste trabalho é descrever e compreender possíveis associações entre o envolvimento religioso e o enfrentamento da doença para pacientes diagnosticados com câncer de mama. Os dados utilizados neste estudo foram coletados entre pacientes de um hospital público de Belo Horizonte. Primeiramente foi aplicado um questionário socioeconômico para caracterização das mulheres entrevistadas, em seguida, foi realizada uma entrevista, no próprio hospital, a partir de um questionário semiestruturado desenvolvido pelos autores. As análises das entrevistas foram feitas utilizando o método da análise do conteúdo temática (AC). Ao todo, foram entrevistadas 19 mulheres em tratamento quimioterápico contra o câncer de mama. Observou-se que as mulheres entrevistadas apontaram que a experiência de adoecimento lhes serviu como ensinamento e fortaleceu suas convicções religiosas. Também apontaram que sua fé teve papel fundamental no seu processo de enfrentamento, significação da doença e busca pela cura. Percebeu-se que as entrevistadas criaram um ciclo em que tanto as convicções religiosas quanto a sua percepção de saúde são vistas como fortalecidas.
Metrics
Referências
Brasil. Ministério da Saúde/ Secretaria de Atenção a Saúde/ Instituto Nacional do Câncer, (2004), Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso. Rio de Janeiro, RJ, INCA.
Choumanova, I. & outros (2006), Religion and Spirituality in Coping with Breast Cancer: Perspectives of Chilean Women. The Breast Journal, Volume 12 Number 4.
Dalcuche, MG. (2006), A Experiência de mulheres com câncer do colo do útero no Sistema Único de Saúde: Uma análise sociológica (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Panará. Curitiba, Paraná, Brasil.
Ellison, CG. & Jeffrey, SL. (1998), The Religion-Health Connection: Evidence, Theory, and Future Directions. Health Education and Behavior 25: 700-720.
Faria, Juliana Bernardes de, & Seidl, Eliane Maria Fleury. Religiosidade e enfrentamento em contextos de saúde e doença: Revisão da Literatura. Rev. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18 (3), p. 381- 389.
Herzlich, C. & Adam. Os estados de saúde e seus determinantes sociais. IN: Herzlich, Claudine & Adam, Philippe, (2001), Sociologia da doença e da Medicina. Editora da Universidade do Sagrado Coração.
Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva - Inca (2017), Tipos de Câncer: Mama. Recuperado em 10 março, 2022, de
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva - Inca (2019), Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019.
Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva - Inca (2022a), Conceito e Magnitude. Recuperado em 10 março, 2022, de
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros/incidencia
Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva - Inca (2022b), Noticias: Hábitos saudáveis podem reduzir incidência de câncer de mama em 13% e poupar mais de R$ 100 milhões do SUS. Recuperado em 10 março, 2022, de
Khan, Ziasma Haneef. (2007). Religiosity and coping in cancer patients. (Tese de doutorado). The Institute of clinical Psychology. University of Karachi. Karachi, Pakistan.
Koenig, HG; King, DE. & Carson, VB. (2012), Handbook of Religion and Health, Oxford University Press 2 nd Ed.
Koenig, HG; McCullough, ME; & Larson, DB. (2001), Handbook of Religion and Health. Oxford University Press.
Moreira-Almeida, Alexander, Pinsky, Ilana, Zaleski, Marcos, & Laranjeira, Ronaldo. (2010). Envolvimento religiosos e fatores sociodemográficos: resultados de um levantamento nacional no Brasil. Revista Psiq. Clin. 37 (1): 12- 5. P. 18-21.
Nunes, Everardo Campos. (2014). A construção teórica na sociologia da saúde: uma reflexão sobre a sua trajetória. Ciência & Saúde Coletiva, 19(4):1007-1018.
Panzini, Raquel Gehrke, & Bandeira, Denise Ruschel. (2007). Coping (enfrentamento) religioso/espiritual. Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 126-135.
Sabado, M. & otros (2010), “Role of Spirituality in Coping with Breast Cancer: A Qualitative Study of Samoan Breast Cancer Survivors and their Supporters”. Californian Journal of Health Promotion 2010, Special Issue (Cancer Control), 11 – 22.
Smith, C. (2003), “Theorizing Religious Effects Among American Adolescents”. Journal for the Scientific Study of Religion, vol. 42, n° 1.
Tavares, JSC. (2005), “Metáforas e significados do câncer de mama na perspectiva de cinco famílias afetadas”. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, Vol. 21, n° 2.
Verona, APA. (2011), “Explanations for religious influence on adolescent sexual behavior in Brazil: direct and indirect effects”. Revista Brasileira Estudos Populacionais. Rio de Janeiro, vol. 28, n° 1.
Vieira, SC. & otros (2012), Oncologia Básica, Teresina, PI: Fundação Quixote.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Ciências Humanas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.