A FUNÇÃO SOCIAL DA MATERNIDADE NO CAPITALISMO PATRIARCAL
limites e possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a849Palavras-chave:
Maternidade, Procriação, Capitalismo, Patriarcado, ConservadorismoResumo
A função social que assumem a atividade procriativa e o exercício da maternidade acompanham dialeticamente o movimento e as transformações societárias. Quer dizer, não têm caráter estático e possuem diversas determinações. Assim, é sob a regência da divisão sexual do trabalho e do capitalismo patriarcal que as mulheres são responsáveis pela reprodução social, pelo trabalho doméstico e pela criação de novos seres sociais. Ou seja, a maternidade altera seu cotidiano, suas prioridades e sua jornada de trabalho, mesmo que no âmbito privado. O presente artigo, nesse sentido, resultado de pesquisa teórica bibliográfica, se propõe a pensar criticamente sobre os limites e as possibilidades do livre exercício da maternidade no contexto de dominação e desigualdade entre homens e mulheres em tempos de avanço do conservadorismo.
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