UM NARCISISMO COLONIAL
implicações históricas nas tecnologias de vigilância
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2121.v14.n2.a743Palavras-chave:
Colonialidade; História; Memória; Tecnologia; Vigilância Racial.Resumo
O presente artigo tem por finalidade refletir criticamente a interferência dos legados de colonialidade nas tecnologias de vigilância no espaço pós-colonial europeu, ensaiando uma desocultação de uma persistente sobreposição entre estas duas lógicas. A partir da análise de entrevistas a profissionais da investigação criminal e policial, da genética forense, dos Direitos Humanos e criminologia nos Países Baixos, pretende-se argumentar como as tecnologias de vigilância estão complexamente implicadas e comprometidas com os contextos histórico, político, social e cultural.
Metrics
Referências
Amelung, N., Granja, R. & Machado, H. (2020). Modes of Bio-Bordering. The Hidden (Dis)Integration of Europe. Singapore: Palgrave Macmillan, 2020.
Cohn, B. S., & Dirks, N.B. (1988). Beyond The Fringe: The Nation State, Colonialism, and the Technologies of Power. Journal of Historical Sociology, Vol. 1 No. 2 (June), 224-229. doi.org/10.1111/j.1467-6443.1988.tb00011.x
Deen, S. (2018).Tracing Pasts and Colonial Numbness: Decolonial Dynamics in the Netherlands. Etnofoor, vol. 30, no. 2, 11–28.
JSTOR, www.jstor.org/stable/26543126. Accessed 17 Feb. 2021.
Drichel, S. (2018). The disaster of Colonial Narcissism. American Imago. Vol.75, n.3 (Fall), 329-364.DOI: 10.1353/aim.2018.0020
El-Enany, N. (2020). Bordering Britain, Law, Race and Empire, Manchester: Manchester University Press.
Essed, P. &, Nimako, K. (2006). Designs and (Co)Incidents: Cultures of Scholarship and Public Policy on Immigrants/ Minorities in the Netherlands. International Journal of Comparative Sociology, 47(3-4), 281–312. https://DOI.org/10.1177/0020715206065784
Frijhoff, W. (2010). The Relevance of Dutch History, or: Much in Little? Reflections on the Practice of History in the Netherlands. Low Countries Historical Review, 7-43. DOI: 10.18352/bmgn-lchr.7114
Frosh,S.(2013).Psychoanalysis, colonialism, racism. Journal of Theoretical and Philosophical Psychology, 33(3), 141–154. https://DOI.org/10.1037/a0033398
Frosh, S. (2016). Relationality in a time of surveillance: Narcissism, melancholia, paranoia. Subjectivity, 9, 1-16. https://DOI.org/10.1057/sub.2015.19
Gandhi, L. (2006). Affective communities: Anticolonial thought, fin-de-siècle radicalism, and the politics of friendship. Durham and London: Duke University Press.
Goss, A. (2009). Decent Colonialism? Pure Science and Colonial Ideology in the Netherlands East Indies, 1910-1929. Journal of Southeast Asian Studies, Vol. 40, No.1 (Feb.), 187-214. DOI:10.1017/S002246340900006X.
Jasanoff, S. (Ed.). (2004). States of Knowledge: The Co-Production of Science and Social Order. London: Routledge.
Jones, G. (2016). What Is New about Dutch Populism? Dutch Colonialism, Hierarchical Citizenship and Contemporary Populist Debates and Policies in the Netherlands. Journal of Intercultural Studies, 37(6), 605-620. https://DOI.org/10.1080/07256868.2016.1235025
Khan, S., Can, N., & Machado, H. (no prelo). Racism and Racial Surveillance. London: Routledge.
Khan, S., Sousa, V., & Ribeiro, R. (2020). O Mundo na Europa. Crises e Identidades. Famalicão: Húmus, 2020.
Khan, S. (no prelo). A Alquimia dos Mecanismos de Racialização, Criminalização e Vigilância Racial. In Machado, H. (Org.). Crime e Tecnologia: Desafios Culturais e Políticos para a Europa. Porto: Afrontamento.
Knudsen, B. T., Oldfield, J. R., Buettner, E. & Zabynuan, E. (2021). Echoes of coloniality: New perspectives on Decolonizing European Heritage. New York: Routledge.
Koegler, C., Kumar, P. M. & e Tronicke, M. (2020). The colonial remains of Brexit: Empire nostalgia and narcissistic nationalism. Journal of Postcolonial Writing, 56:5, 585-592. DOI: 10.1080/17449855.2020.1818440.
Kohut, H. (2007). The analysis of the self: A systematic approach to the psychoanalytic treatment of narcissistic personality disorders. Chicago and London: Chicago University Press.
Lowe, L. (2015). History Hesitant. Social Text, Vol.33, no.4, December,85-107. https://doi.org/10.1215/01642472-3315790
Machado, H, Granja, R. & Amelung, Nina. (2020).Constructing suspicion through forensic DNA databases in the EU. The views of the Prüm professionals. The British Journal of Criminology, 60(1), 141–159. https://DOI.org/10.1093/ bjc/azz057.
Machado, H. & Granja, R. (2019). Risks and benefits of transnational exchange of forensic DNA data in the EU: The views of professionals operating the Prüm system. Journal of Forensic and Legal Medicine, 68,1-7. https://DOI. org/10.1016/J.JFLM.2019.101872
M’charek, A., Schramm, K. & Skinner, D. (2014). Technologies of Belonging. Science, Technology, & Human Values, 39(4), 459–467.DOI:10.1177/0162243914531149
Mügge, L. (2010). Beyond Dutch Borders Transnational Politics among Colonial Migrants, Guest Workers and the Second Generation. Amsterdam, Amsterdam University Press.
Nimako, K. (2012). About Them but Without Them: Race and Ethnic Relations Studies in Dutch Universities. Human Architecture, 10(1),45–52. ISSN: 1540-5699
Oostindie, G. (2011). Postcolonial Netherlands Sixty-five years of forgetting, commemorating, silencing. Amsterdam: Amsterdam University Press.
Oudenampsen, M. (2021). The Rise of the Dutch New Right. An Intellectual History of the Rightward Shift in Dutch Politics. Milton Park, Abingdon: Routledge.
Riemen, R. (2012). O Eterno Retorno do Fascismo. Lisboa: Bizâncio, 2012.
Santos, B. S. (2002). Between Prospero and Caliban: Colonialism, Postcolonialism, and Inter-Identity. Luso-Brazilian Review, Vol.39, n.2 (Winter), 9-43. https://www.jstor.org/stable/3513784
Santos, B. S. (2007). Para além do Pensamento Abissal: Das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista Crítica de Ciências Sociais, 78 (Outubro), 2007, p.3-46. DOI: 10.4000/rccs.753
Sardar, Z. (2008). I think it would be good if certain things were said: Fanon and the epidemiology of oppression. In Fanon, F., Black skin, white masks (pp.vi-xx). C.L. Markmann, trad. New York: Pluto Press.
Shaw, D. (2014). Traumatic Narcissism: Relational Systems of Subjugation. New York: Routledge.
Simmons, D. (2007). The narcissism of empire: Loss, rage and revenge in Thomas De Quincey, Robert Louis Stevenson, Arthur Conan Coyle, Rudyard Kipling and Isak Dinesen. Brighton and Portland: Sussex Academic Press.
Spivak, G. C. (1993). Echo. New Literary, 24(1),17-43.DOI.org/10.2307/469267.
Toom, V., Granja, R. & Ludwig, A. (2019).The Prüm Decisions as an aspirational regime: reviewing a decade of cross-border exchange and comparison of forensic DNA data. Forensic Science International: Genetics, 41, 50-57. Doi.org/10.1016/j.fsigen.2019.03.023
Trafford, J. (2021). The Empire at Home Internal Colonies and the End of Britain. London: Pluto Press.
Veldhuizen, T. S., Maas, R., Horselenberg, R. & Van Koopen, P. (2018). Establishing Origin: Analysing the Questions Asked in Asylum Interviews. Psychiatry, Psychology and Law, 25:2, 283-302, DOI: 10.1080/13218719.2017.1376607.
Warwick, A. (2002).Introduction. Postcolonial Technoscience. Social Studies of Science, 32/5-6 (October-December), 643-658. JSTOR,www.jstor.org/stable/3183050. Accessed 17 Feb. 2021.
Weiner, M. (2014). The Ideologically Colonized Metropole: Dutch Racism and Racist Denial’, Sociology Compass, 8/6, 731–744. https://DOI.org/10.1111/soc4.12163.
Wekker, G. (2016). White Innocence. Paradoxes of Colonialism and Race. London & Durham: Duke University Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Ciências Humanas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
Português (Brasil)
English
Español (España)
