PERCEPÇÕES E CONTRIBUIÇÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA NA VOZ DOS DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2020.v13.n2.a551Palavras-chave:
Formação Continuada, Educação Infantil, Profissão DocenteResumo
Este estudo se refere a um recorte da dissertação de mestrado da pesquisadora, que tem como título: “SIM, EU SOU PROFESSORA: formação continuada na visão do docente da educação infantil”, defendida em fevereiro de 2019, e por objetivos identificar e compreender a visão das docentes atuantes na Educação Infantil, no que tange à formação continuada e em serviço da qual participam e se esta contribui ou não para a sua profissão. Para isso optou-se por uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, na qual o alcance dos dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas e relatos de vida profissional docente, expressos em diários reflexivos, apoiados em narrativas autobiográficas. Foram entrevistadas 7 professoras da rede municipal de uma cidade do Vale do Paraíba Paulista, uma de cada região da cidade, sendo duas na região sul, região que apresenta o maior número de escolas de educação infantil. Os dados obtidos foram estudados a partir da metodologia de análise de conteúdo e interpretados a partir das contribuições teóricas de autores como Freire (2019), Nóvoa (2017), Oliveira (2017), Angotti (2014), Gatti (2010), Marcelo García (2009), entre outros. As análises dos dados nos revelaram que as professoras reconhecem que o programa de formação continuada oferecido pela referida rede municipal contribuiu com a sua profissão, no tocante a momentos oportunos para estudo, trocas de experiências, reflexão sobre a prática. As vozes das 7 professoras participantes também expressaram
o desejo de maior participação destas nos processos formativos, ressaltando que estes devem abarcar o intercâmbio dos docentes com os pares de outras unidades escolares, especialistas e pesquisadores da educação, além de serem sujeitos desta formação, com autoria e autonomia do delineamento desta a partir das reais necessidades que emergem do seu trabalho.
Metrics
Referências
ARAGÃO, Milena; KREUTZ, Lúcio. Representações sobre a atuação docente na educação infantil. Revista de Educação da PUC, Campinas, v. 18, p. 9-17, jan./abr. 2013.
AZEVEDO, Priscila Domingues de. O conhecimento matemático na Educação Infantil: O movimento de um grupo de professoras em processo de formação continuada. 242 f. (Tese de Doutorado em Educação). São Carlos, Universidade Federal de São Carlos, 2012.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BARROS, Bruna Cury de. Ser professora iniciante na Educação Infantil: aprendizagens e desenvolvimento profissional em contexto de enfrentamentos e superações de dilemas. 159 f. (Dissertação de Mestrado em Educação Escolar). Araraquara, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2015.
BARROS, Rozane Marcelino de; MEDEIROS, Cristina Carta Cardoso de. A Formação continuada em serviço dos profissionais atuantes nos centros municipais de educação infantil: estudo de caso na cidade de Curitiba. Revista Poiésis. Unisul, Tubarão, v.8, n.14, p. 468 a 487, jul./dez. 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília: Senado Federal, 1989. 336 p.
_______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Brasília: MEC, 2009.
_______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. In: BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Brasília: MEC, 2009. p. 80-71.
_______. Lei de Diretrizes e Bases Nacional. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 1996. 58 p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 43ª Edição, São Paulo: Paz e Terra, 2014. 144 p.
IMBERNÓN, Francisco. Formação Continuada de Professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.
JOSSO, Marie-Christine. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Cortez, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? São Paulo, Editora Cortez, 2009.
MENDES, Rosane Penha. et al. Formação continuada e prática pedagógica: O que pensam as professoras que atuam na pré-escola. Educação: Teoria e Prática. Rio Claro, Vol. 26, n.51/ p. 97-111/ jan. /abr. 2016.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
MONÇÃO, Maria Aparecida Guedes. Gestão Democrática na Educação Infantil: o compartilhamento da educação da criança pequena. São Paulo: USP, 2013.
NÓVOA, Antonio. Os professores e as histórias da sua vida. In: NÓVOA, Antonio. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto, 2007.
OLIVEIRA, Zilma Maria Ramos de. O trabalho do professor na educação infantil. São Paulo: Biruta, 2017.
ROMANO, Erica Carolina. Concepções e Corporeidades Docentes na Educação Infantil. 200 f. (Dissertação de Mestrado em Educação Escolar) Araraquara, UNESP, 2015. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/127887. Acesso em 12. Ago. 2017.
SARRAIPO, Maria Aparecida dos Santos. Formação Continuada e Desenvolvimento Humano: análise do programa de aperfeiçoamento profissional do governo do Estado de São Paulo. 151 f. (Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Humano) Taubaté, UNITAU, 2014. Disponível em: https://mpemdh.unitau.br/wp - content/uploads/2012/dissertacoes/Maria-Aparecida-dos-Santos-Sarraipo.pdf . Acesso em 17. Jun. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Ciências Humanas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.