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DO STATUS AO ESTADO DE ÓDIO NO BRASIL: MOTIVAÇÕES, ESTRATÉGIAS E CONSENSUALIDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2023.v16.n1.a961

Palavras-chave:

Distinção social, Estado, Fabricação de consenso, Ódio, Opinião Pública.

Resumo

O presente estudo aborda, como tema central, a fabricação de consensos na sociedade contemporânea brasileira. Para tal, fez-se mister certas digressões ao ponto inicial do instrumento de fabricação e, por conseguinte, à estrutura que o mantinha sob controle, objetivando identificar e analisar as motivações da disseminação de ódio, bem como sua condensação no discurso social e seus efeitos políticos e sociais. O artigo se caracteriza por uma revisão bibliográfica e possui um caráter explicativo, recorrendo a fontes documentais, jornais, bem como a pronunciamentos públicos, abordando o tema de forma qualitativa na formulação do corpus de análise. Os conceitos/ideias e autores norteadores do estudo são: fabricação de consensos, sob a perspectiva de Noam Chomsky; construção da opinião pública e discurso midiático de Patrick Charaudeau; mecanismos e processos de desigualdade socioeconômica a partir de Jessé Souza; e, o ódio, segundo Jean Pierre Lebrun. Como resultados da pesquisa, compreende-se que ódio manifestado no seio social disseminou-se de tal forma a adentrar nas instituições políticas como efeito reativo de duplo interesse de classe, a saber: de uma elite econômica, nacional e internacional, desejosos de maior controle das regulações políticas e econômicas do Estado, e outra, que engloba os estratos mais elevados da classe média, incomodados com a relativização de seus símbolos de distinção em uma sociedade que se projetava cada vez mais inclusiva; possibilitando a implementação do desmonte institucional do Estado, provocando tanto uma diminuição da atuação estatal, como uma marginalização dos mais baixos estratos sociais.

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Publicado

2023-11-23

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Como Citar

Pedroso, F. (2023). DO STATUS AO ESTADO DE ÓDIO NO BRASIL: MOTIVAÇÕES, ESTRATÉGIAS E CONSENSUALIDADE. Revista Ciências Humanas, 16(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2023.v16.n1.a961

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Artigo Original