MORALIDADE E AMOR: ESTUDO DE CASO COM MULHERES CASADAS
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n2.a337Palavras-chave:
Amor, Mulheres, Moral, Ética, Cultura.Resumo
Em uma perspectiva moral e ética, o objetivo deste estudo foi explorar aspectos pessoais da dinâmica amorosa de mulheres que estão casadas com os respectivos maridos desde os anos 1980, as concepções delas sobre o passado, o presente e o futuro das relações amorosas dos casais em geral. Entrevistamos duas mulheres de 48 e 52 anos, respectivamente, da classe média, no Espírito Santo. Utilizamos um questionário semiestruturado e realizamos, com base em Delval (2002), uma análise qualitativa dos dados. Os principais resultados demonstraram que, embora as participantes tenham proferido ser possível manter o amor no passado e no cotidiano, elas conceberam as relações amorosas dos casais em geral, atuais e futuras, caracterizadas pela fragilidade dos vínculos. Tal aspecto pode prejudicar a construção de um projeto de vida ético no qual o outro deve ser contemplado como um fim em si mesmo.
Metrics
Referências
ALVES, A. D. et al. Concepção de amor e moralidade: estudo sob a ótica de jovens adultas. ARIÚS - Revista de Ciências Humanas e Artes, Campina Grande, v. 21, n. 1, jan-jun. 2015. Disponível em: <http://www.ch.ufcg.edu.br/arius/>. Acesso em: 17 de abr. 2016.
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BRAGA, T. V. M. A nova classe média no Brasil: reflexões acerca de suas expectativas. Gestão & Sociedade - Revista de Pós-Graduação da UNIABEU, Belford Roxo, v. 1, n. 2, ago-dez. 2012. Disponível em: <http://www.uniabeu.edu.br/publica/index.php/gs/article/view/386>. Acesso em: 06 de nov. 2016.
BRASIL. Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS, 2012. Disponível em: <http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_12.htm>. Acesso em: 08 de nov. 2016.
COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
CHAVES, J. C. A percepção de jovens sobre os relacionamentos amorosos na atualidade. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 16, n. 1, abr. 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682010000100004>. Acesso em: 01 de nov. 2016.
COMTE-SPONVILLE, A. O amor. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
COSTA, C. B.; MOSMANN, C. P. Relacionamentos conjugais na atualidade: percepções de indivíduos em casamentos de longa duração. Revista da SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 16, n. 2, 2015. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702015000200003>. Acesso em: 01 de nov. 2016.
COSTA, J. F. O vestígio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
DELVAL, J. Introdução à prática do método clínico: descobrindo o pensamento das crianças. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.
ESTRELLA, N., R. Significado del Amor en la Adolescencia Puertorriqueña. Acta de Investigación Psicológica, México, v. 1, n. 3, dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2007-48322011000300008>. Acesso em: 24 de out. 2016.
GUEDES, D.; ASSUNÇÃO, L. Relações amorosas na contemporaneidade e indícios do colapso do amor romântico (solidão cibernética?). Revista Mal – Estar e Subjetividade, Fortaleza, v. 6, n. 2, set. 2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482006000200007>. Acesso em: 25 de out. 2016.
HENDRICK, C.; HENDRICK, S. S.; ZACCHILLI, T. L. Respect and Love in Romantic Relationships. Acta de Investigación Psicológica, México, v.1, n. 2, ago. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2007-48322011000200008>. Acesso em: 01 de nov. 2016.
JABLONSKI, B. Até que vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo. Rio de Janeiro: Agir, 1991.
JABLONSKI, B. A divisão das tarefas domésticas entre homens e mulheres no cotidiano do casamento. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 30, n. 2, 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v30n2/v30n2a04.pdf>. Acesso em: 02 de nov. 2016.
LA TAILLE, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006.
LA TAILLE, Y. Formação ética: do tédio ao respeito de si. Porto Alegre, RS: Artmed, 2009.
LIPOVETSKY, G. A sociedade pós-moralista: o crepúsculo do dever e a ética indolor dos novos tempos democráticos. Barueri, São Paulo: Manole, 2005.
MATOS, M.; FÉRES-CARNEIRO, T.; JABLONSKI, B. Adolescência e relações amorosas: um estudo sobre jovens das camadas populares carioca. Interação em Psicologia, v. 9, n. 1, jan-jun. 2005. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/3283/2627>. Acesso em: 06 de nov. 2016.
SMEHA, L. N.; OLIVEIRA, M. V. Os relacionamentos amorosos na contemporaneidade sob a óptica dos adultos jovens. Revista Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 15, n. 2, maio-ago. 2013. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/ptp/article/view/4298>. Acesso em: 31 de out. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
As publicações da Revista Ciências Humanas estão registradas sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.