O “MACUNAIMÊS” DE PARAGUAÇU: A INVENÇÃO DO BRASIL SOB OS OLHOS DE UMA HEROÍNA QUE VIROU ESTRELA
Palavras-chave:
Cosmopolitismo, Cultura, Etnocentrismo, Globalização, Multiculturalismo.Resumo
Este artigo discute o cosmopolitismo como uma ininterrupta deriva cultural numa cartografia desterritorializada. O enfrentamento entre culturas diferentes é estudado aqui a partir do filme Caramuru: a invenção do Brasil, de Guel Arraes, rodado em 2001. O estudo parte do princípio que o multiculturalismo, aquilo que aglutina diferentes perspectivas identitárias diante do mundo, é um dos elementos responsáveis pela aculturação, a qual pode conferir a perda de certos traços originais quando se navega num processo migratório. Nesse sentido, muitas vezes, deslocados de seus países, os indivíduos são engolidos, mas nem sempre assimilados, pelo etnocentrismo de determinadas comunidades. Orbitam pelas ruas de grandes centros, mas nem por isso são integrados ao le grand marché de transnacionalização e globalização dos bens materiais e simbólicos que convertem cidadãos em consumidores. Apesar da tendência apocalíptica denunciada desde a Teoria Crítica da Cultura, é preciso observar que sim, o subalterno pode falar. No filme em questão, tal procedimento é alcançado graças à esperteza “sem nenhum caráter de sua protagonista”. A região periférica ganha voz graças a elementos discursivos, como a escritura, que permitem ao marginal ser ouvido. Com isso, o que se pretende mostrar neste artigo é como agentes sociais oriundos de diferentes locais conseguem resistir frente ao cosmopolitismo por meio da escrita que legitima seu lugar de fala e sua identidade suplementar.
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