Economia, Pobreza e Ética
Uma reflexão hermenêutica e dialógica desde a perspectiva de Amartya Sen
DOI:
https://doi.org/10.32813/2179-1120.2024.v17.n2.a1052Palavras-chave:
Economia; Pobreza; Ética; Capacidades; Filosofia; Educação moral.Resumo
O objetivo deste artigo é aproximar as áreas da Economia e da Filosofia, concretamente a Ética, à questões sociais como a pobreza, desde a perspectiva de Amartya Sen. A Filosofia não pode e não deve se afastar das questões emergentes e provocadoras, que a sociedade atual nos impele a refletir. O ensino da filosofia é principalmente reflexão crítica, é educação cívica, desde uma perspectiva dialógica e inclusiva. A pobreza se transforma em questão filosófica porque é falta de liberdade, liberdade de agência, de autonomia, não admitir isto seria irracionalidade. Entendemos que os seres humanos não tem preço e sim dignidade, por isso o reconhecimento valioso de suas vidas, brota do reconhecimento mútuo e da responsabilidade. Este artigo tem a pretensão de ser uma reclamo ético e político, que integra a autonomia das pessoas, os valores que dão sentido a uma sociedade e o que nos faz ser comunidade. Para isso, o enfoque das capacidades de Sen, nos ajuda a refletir sobre o autêntico desenvolvimento de uma sociedade. A pobreza é uma criação humana e, em consequência, deve ser o ser humano que tem capacidade e possibilidades de erradicá-la, sempre que se tenha vontade ética e política.
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